Dirigentes de municípios brasileiros dizem que a burocracia é um dos principais entraves para o cumprimento da determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos de acabar com lixões até 2014.
O prefeito de Paranaguá (PR), José Baka Filho, diz que a cidade aguarda há seis anos a liberação de recursos para a construção de um aterro sanitário. "O lixão é uma chaga, uma doença enorme dentro da cidade. Além dos problemas de ordem ambiental, nos deparamos com os problemas de ordem burocrática."
A nova legislação também prevê a redução gradual do volume de resíduos sólidos recicláveis que ainda são enviados aos aterros. A ideia é que, cada vez mais, esse material seja encaminhado para tratamento e reciclagem adequados.
A secretária de Meio Ambiente de Mesquita, no Rio, Kátia Perobelli, reclama que, além da burocracia, há o alto custo para construir um aterro sanitário. Em Mesquita, a coleta seletiva de lixo é feita desde 2005, em parceria com cooperativas de catadores. "Os municípios não vão conseguir cumprir o cronograma da lei. Em Mesquita, temos sete anos de programa e, hoje, só consigo enviar 1,6% do lixo reciclável da cidade para as cooperativas", explica.
A lei também determina que, até agosto, os municípios iniciem seus planos de gestão de resíduos sólidos. ¿Só receberão recursos para programas de resíduos os municípios que tiverem, pelo menos, iniciado a elaboração de seus planos¿, explica o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério da Costa.
Fonte: http://invertia.terra.com.br/sustentabilidade/noticias/0,,OI5697866-EI10411,00.html
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