LÂMPADAS FLUORESCENTES: DESTINAÇÃO

on quinta-feira, 17 de junho de 2010

07/06/2010
LÂMPADAS FLUORESCENTES: DESTINAÇÃO CORRETA EVITA DANOS GRAVES À SAÚDE
Hipermercado BIG é parceiro de Santana do Livramento

Em 2004 o Brasil descartava cerca de 50 milhões de lâmpadas fluorescentes por ano. Visto que após o Apagão em 2001 houve uma contínua e grande mobilização nacional para que as pessoas substituíssem suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes para diminuírem o gasto de energia das casas e do país, podemos afirmar que este descarte hoje é bem superior que em 2004. Parte deste descarte infelizmente ainda é feito de forma inadequada, direto no solo.


Enquanto estiverem intactas, as lâmpadas fluorescentes não oferecem qualquer risco ao meio ambiente e à saúde das pessoas. No entanto, ao serem quebradas, liberam vapor de mercúrio que será respirado por quem estiver próximo ou manusear os cacos da lâmpada, assim como libera mercúrio na forma líquida. O vapor de mercúrio contamina os organismos através dos pulmões, enquanto o mercúrio líquido envenenará as pessoas, animais, solo e plantas que entrarem em contato direto com ele.


O Mercúrio é um metal que não ocorre de forma natural em nenhum organismo, ele não desempenha qualquer função nutricional ou bioquímica em animais ou plantas. Sua presença apenas gera impacto negativo na saúde dos seres vivos.


Uma única lâmpada de 1,20 m de comprimento libera uma quantidade de mercúrio 6 vezes maior que o máximo admitido pela Organização Mundial da Saúde como sendo uma exposição "segura" ou "incapaz de gerar danos à saúde humana". Quando em contato com o solo, os resíduos das lâmpadas contaminam este solo e as águas, e vão parar nos organismos de plantas e animais que usamos em nossa alimentação.


O Mercúrio é uma substância com poder de "bioacumulação", ou seja, toda molécula desta substância que contaminar um ser vivo, fica retido neste organismo durante toda sua vida, sendo descartado no ambiente apenas após a morte e decomposição do seu corpo.


Mulheres contaminadas por mercúrio ao longo da vida acabam contaminando seus bebês através do aleitamento materno, desencadeando sérios problemas de saúde nestas crianças. O mesmo acontece com todos os outros mamíferos, como a vaca e a cabra, o que agrava ainda mais a situação humana, pois diariamente estamos correndo o risco de consumir leite e derivados contaminados com mercúrio.
Os efeitos nocivos do Mercúrio sobre a saúde humana ficaram evidentes após o acidente na Baía de Minamata no Japão, em 1955, quando houve uma grande contaminação ambiental por esta substância causada por uma empresa que fabricava adubos. Alguns milhares de pessoas ingeriram peixes contaminados com Mercúrio e desenvolveram doenças neurológicas graves, com seqüelas que passaram de pais para filhos por várias gerações. Essas pessoas, contaminadas pela água e pelos alimentos, sofreram danos irreversíveis no organismo e diversas doenças cancerígenas.

Foto: criança com retardo mental e deformidades físicas causadas por envenenamento por mercúrio. Baía de Minamata, Japão.

Mas, o que fazer com as lâmpadas fluorescentes?


Sabendo que a destinação inadequada das lâmpadas fluorescentes causa altos riscos à saúde humana, é necessário que toda a comunidade trabalhe em conjunto para garantir que estas lâmpadas recebam um tratamento seguro.


Após seu uso, elas devem ser conservadas inteiras, de preferência em caixas de papelão. Elas devem ser entregues no guichê de informações do supermercado BIG aqui de Livramento. Mas atenção: não coloque as lâmpadas nos containers ou lixeiras de lixo reciclável existentes no pátio do hipermercado, entreguem as lâmpadas no interior do BIG. Ali as lâmpadas usadas serão adequadamente armazenadas até formarem uma carga que será recolhida pela Juntapel, empresa que foi contratada para realizar a destinação correta destes materiais tóxicos. Daqui de Santana do Livramento a Juntapel leva as lâmpadas para a Grande Porto Alegre, onde serão recicladas por empresa especializada em separar o vidro do mercúrio.


Fonte: Escritório da Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã/ICMBio/MMA

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